Como se Forma Nossa Personalidade
Nossa personalidade é formada a partir de uma complexidade ímpar e individual. Cada um se torna o que acredita que poderá ser, a partir de suas experiências, vontades, ações e renúncias.
Podemos nos moldar conforme acreditamos a partir do que observamos e passamos a acreditar com base no que encontramos peloo caminho mas, enquanto não nos tornamos ao menos um pouco conscientes, passaremos a seguir no "automático", sem entender os processos que acontecem conosco.
Por isso autoconhecimento é essencial. É um processo, um trajeto rumo ao interior de si, para autorizar-se viver de forma mais plena.
A partir da infância, com acontecimentos e aprendizados desde o início, se forma a personalidade de uma pessoa. Nossas relações de afeto e desafeto, apego e desapego, ação e reação são construídas a partir de nossas experiências nessa época. A começar pelo que apreendemos em relação aos pais ou, na ausência dos biológicos, aos que representam as figuras materna e paterna.
A família é a primeira parte da sociedade com a qual temos contato, assim como a equipe que auxiliou o nascimento. Esse contato é crucial para modelar nossa mentalidade. Mais adiante, conforme se passam alguns anos, vamos à escola e temos contato com uma parcela maior dessa sociedade e assim se amplifica ao meio de trabalho, amoroso, religioso, dentre outros, o que também nos acrescenta muito. Levamos todas essas experiências para a vida.
A qualidade dos contatos e afetos é capaz de determinar nossa existência até o fim, de maneira categórica. A qualidade dos contatos e afetos é capaz de determinar nossa existência até o fim, de maneira categórica. Tudo o que assimilamos é levado à nossa memória e se torna inconsciente, consciente ou pré-consciente. É comum não nos lembrarmos de muita coisa da infância mas tudo fica marcado na memória, principalmente no inconsciente.
O inconsciente é o que geralmente move uma pessoa a agir praticamente no automático, sem entender os resultados, experiências ou certos padrões de repetição. No nível pré-consciente o conteúdo já se torna mais "palpável", com acesso mais facilitado, Como uma lembrança que emerge com certos lapsos.
Nós, o Ego (o eu), continuaremos nossa experiência de vida com essas reminiscências, acrescentando mais arquivos à mente. Sejam eles considerados positivos ou negativos.
Tudo o que aprendemos a partir do que foi coletado de informação, deduzimos cremos ou descremos será determinante para a nossa formação como indivíduos.
As memórias não ocupam espaço físico, mas podem ser leves ou pesadas, a depender de como lidamos com elas. Daí a importância de aprendermos a lidar com essas reminiscências que ocorrem dia após dia, assim como os novos acontecimentos.
Não com repressões ou tentativas de negação ou de esconder a todo custo de si mesmo(a) para não sofrer, pois isso causa um efeito contrário. Precisamos compreender o que ocorre e ocorreu, precisamos de entendimento e ações práticas para ter consciência e uma vida saudável.
É preciso trabalhar essas questões de modo terapêutico.
Liberte-se de padrões que te prejudicam, faça análise.
Lúcia Rebelo, Psicanalista
